Oficinas Literárias e Eventos

Primeira Oficina Literária:

Ocorreu dia 13 de junho de 2009;
Exposição dos objetivos e metas do projeto.
Tema: Infância;
Leitura de textos, sobre o tema, de autores como: Manuel de Barros, Manuel Bandeira, Casimiro de Abreu, entre outros;

Segunda Oficina Literária:

Ocorreu dia 15 de agosto de 2009;
Tema: Trabalho Coletivo;
Foram feitas leituras de poesias sobre o tema proposto, além de uma performance teatral;
Os professores elaboraram textos poéticos, inter-relacionados com o tema proposto.


Terceira Oficina Literária:

Ocorreu dia 14 de novembro de 2009;
Foram apresentados, pelos professores, alguns poemas produzidos pelos estudantes;
Os professores apresentaram seus depoimentos sobre as condições de produção em que se deu a realização das poesias;
A equipe coordenadora recebeu os textos produzidos pelos estudantes;
Os temas da oficina foram:
- Opostos;
- Viagens da alma.

Quarta Oficina

Ocorreu dia 27 de fevereiro de 2010, no Bloco Didático da FFCLRP -USP.
Foram estudados e apresentados textos de autores como Manuel Bandeira, Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade, Ronie Charles, Vera Gaetani e do músico Toquinho.
Os professores ocuparam a posição de autores e fizeram lindas poesias, tais como:

Natureza
GRUPO: Aristides, Josiene, Paula e Elidia.



Sou ínfimo
Diante da natureza
Sei a minha vida
Mais breve do que
As árvores
Sei a minha vida
Mais breve que os rios, os lagos
As montanhas, e de muitos animais
Levo um encanto permanente
Das imagens que vejo e não as alcanço
As nuvens longíquas, as estrelas cintilantes
No universo infindo...
Levo um encanto permanente
Do que sinto, no vento,
Na chuva, nas folhas errantes,
Na brisa ao final do dia.
Levo um encanto permanente
Na tempestade ao creúsculo
No frio da manhã escura
Nas noites de pirilampos
Procuro, de forma alguma
Interferir nesse processo
Consciente da celeridade
Do meu momento,
Da precariedade da minha estada
Nesse mundo, nesse momento
Sou ínfimo diante da grandeza,
Na insignificância dos meus sentimentos
E o vento flui
A noite vem, a chuva cai
E nos sonhos, vagueio,
Elemento desse elemento
No fluxo dessa mesma energia perene.



Reflexão
GRUPO: Adriana, Rosânia, Edilma e Patrícia.


Estávamos todos a pensar
Numa bela poesia para, aqui, recitar
Queríamos que falasse
E que as mais sublimes emoções suscitassem!
Reflitam bem!
O homem constrói seu legado
Para sua descendência deixar
Esquece que se cuidar bem da terra
A terra de seus filhos irá cuidar
Por isso, é importante...
Cuidarmos do futuro de quem cuida dela
Precisamos plantar, não no chão
Precisamos plantar, sim, nos corações
E na alma dos futuros homens.


Grito
GRUPO: Adriana, Cidinha, Cristiane, Lícia e Rita)


Percalços...pegadas sulcadas
Traçadas por amanhãs sombrios
Que dilapidaram sonhos... vida
Pela desenfreada busca
As labaredas incendiavam
E os alaridos sofridos
Adentravam as mais profundas searas
E na sofreguidão latente
Ardente...jorrou...brotou
Cores entre as mais insalubres dores...
No horizonte matizado
Dourado o arco- íris
que sustenta a possibilidade da vida
arqueada pelo sustentáculo
que aspargem
Mãos que preparam o solo para
Germinar o grito que ecoa...Terra.



Confronto: caminhando nas escuras
GRUPO: Alessandra, Danielle, Fernando, Imara, Lairce e Vivian.


Estamos caminhando...
Todas as manhãs
Com os olhos vedados,
À paisagem, às árvores
Mas estou apressado.
Os pássaros cantam,
Mas escuto um MP3.

Estou caminhando,
Mas cadê as árvores? Só vejo prédios...
Meus pés queimam do calor do chão,
Cadê a terra molhada?
Só piso em asfalto.
Estou ofegante de tanto procurar
Cadê o ar puro para eu respirar?

Que confronto é esse
Que permanece na mente humana
E faz com que a sociedade
Se perca nos valores?

Quinta Oficina Literária:
Ocorreu dia 08 de maio de 2010, no Bloco Didático da FFCLRP -USP.
Foram estudados e apresentados textos de autores como José Damião Limeira, Paulo Leminski, Carlos Drummond de Andrade, Ronie Charles e dos músicos Chico Buarque e Gilberto Gil.
O tema foi: Adolescência e Tecnologia.

Semana de Arte e Cultura da USP

Realizada dia 25 de setembro de 2009, na Capela, USP-RP;
Integrou a 14ª Semana de Arte e Cultura da USP;
Participação dos professores integrados ao projeto;
Presença das Academias de Letras e Arte de Ribeirão Preto, Academia ribeirãopretana de letras e a Academia de Ciências.


Sexta Oficina Literária:

Ocorreu dia 14 de agosto de 2010, no Bloco Didático da FFCLRP -USP.
Foram estudados e apresentados textos jornalísticos, um poema de Helena Kolody e uma canção do grupo Engenheiros do Hawai. Na oficina também foi apresentada uma palestra com o professor - doutor Marco Antônio Almeida da Universidade de São Paulo, docente no curso de Ciências da Informação e da Documentação na FFCLRP.
O tema foi: Criança, Adolescência e Mídia.


Sétima Oficina Literária:

Ocorreu dia 25 de setembro de 2010, no Bloco Didático da FFCLRP -USP.
Foram estudados e apresentados textos de autores como Carlos Drummond de Andrade, Paulo Freire, Antônio Cícero, José Saramago e do músico Caetano Veloso.
Nesta oficina aconteceu uma atividade artística, onde foi entregue aos professores painés, tintas e citações de diversos autores, a atividade consistia em criar uma pintura com base nas leituras feitas e com as citações entregues, e criar algo por escrito através destas.
O tema foi: Um livro, Uma escola, Uma nação.


Os professores fizeram belíssimas produções tais como:


POESIA DA VIDA

A Partir do balanço das ondas
No ventre materno…

Decifrar o código da vida
Descobrir na infinidade de cores
Que existo…
Faço parte deste mundo colorido.

Toda vez que leio
Eu travo um diálogo com o autor
Nesse diálogo atemporal,
Recrio um texto
Dou a ele um significado
Dentro de mim.

Vozes aladas
Por caminhos… se esvaem

No inicio, a emoção
A realidade
Letramento.


Autores: Grupo 1: Alessandra, Edilma, Aparecida M, Imara, Lairce, Márcia e Danielle.



PALAVRAS E MAIS PALAVRAS

A Liberdade não está nas palavras, mas sim na forma como a interpretamos e as entendemos.
As palavras dizem por si só, não precisando de explicação para tudo e nem tudo precisa ser explicado.
O ser humano é dotado de palavras e dela se constrói,
consome e é consumido.
O silêncio não significa ausência de palavras,
significa o silêncio por si só.
A construção de uma nação verdadeira, consciente e realizadora não pode ser constituída unicamente de palavras representativas, mas sim de reflexões e ações sobre as mesmas.
Papel esse que cabe a escola clareá-la e transforma - lá.



Autores - Grupo 2: Rita, Elaine, Maria Luiza, Patrícia e Adriana.




CITAÇÕES PARA A ESCOLA

Que pena que o professor não conhece
Tudo o que a gente sente
As nossas experiências
De seres bem diferentes.

Como é bom trocar ideias
Respeitar meu semelhante
Ouvindo suas histórias
Seguimos sempre adiante.

A vida é feita de sonhos
Os livros são companheiros
Que nos levam por viagens
Através do mundo inteiro.

- Oh! Que Deus e os governantes
Nos livre de escolas sem bibliotecas
E pior que elas,
Que nos livre de escolas
Com bibliotecas fechadas,
Caixas de livros empoeiradas,
De poesia engavetada.

- Oh! Que Deus e os governantes
Nos livre da passividade


Diante da imagem pronta,
De prova de livro,
Do professor que mana,
Da sua história negada,
Da juventude aliciada,
Da infância roubada.
Enfim, que Deus e os governantes
Nos livre de escolas com a vida
Do outro lado do muro…


Autores – Grupo 3: Ivana, Cláudia, Cristiane, Flávia e Lília.



A Gaiola – um espanto!
Desde o primeiro momento da vida,
Desencanto.
Se não voa o corpo,
Então que voe a mente,
Pois as instituições que nos contêm,
Não podem, eternamente,
Deter o voo da imaginação.
O conhecimento é acréscimo
E não prisão.



Observação: Na especial atenção ao dizer de Fernando Pessoa “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”.



Autores - Grupo 4: Aristides, Josiene, Paula e Elidia.



UMA PALAVRA FALADA, UMA VOZ OUVIDA!

Palavra é vida…
Palavra solta, palavra cantada, palavra travada, palavra engasgada, palavra trocada, palavras, palavras e mais palavras.
Quantas palavras!
Para quê? Como? Para quem?
O que podemos falar?
O que nos impede?
Falando de criança, será que ela pode ser ouvida?
Será mesmo que há possibilidade de falarmos?
- Ah!...Essa bendita comunicação! Que coisa complicada é essa!
Fala-se uma coisa e muitas vezes, não poucas, ouvem-se outras.
Então, podemos encontrar uma saída?
A palavra está no livro ou o livro concretiza a palavra?
De quem é a palavra?
A palavra depois de dita se transforma, se concretiza, se molda, se dedica, se apaga ou fica?
Temos alguma chance da “palavra falar”?
- Ah! Temo sim senho. Quando argúem pude nos ouvi.



Autores - Grupo 5: Cláudia, Elaine A, Alessandra M e Carmen.